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Ramirez aproveita pausa “prevista há meses” para reforçar medidas

Escrito por em 13 de Janeiro, 2022

Ramirez aproveita pausa “prevista há meses” para reforçar medidas

A administração da fábrica Conservas Ramirez, em Matosinhos, vai aproveitar a interrupção da produção entre o dia de Natal e dia de Ano Novo, programada “há muitos meses”, para reforçar as medidas de precaução contra a covid-19.

Numa nota enviada à agência Lusa, a administração da conserveira afirma que estava programado “há já muitos meses” a interrupção da produção entre o Natal e o Ano Novo e que a mesma auxiliará, face ao surto, “o reforço das medidas precaucionárias contra a covid-19”.

“Esta paragem não decorre das circunstâncias atuais de referenciação de 13 casos positivos de covid-19, como erradamente foi interpretado”, acrescentou.

O surto entre os trabalhadores da fábrica de Conservas Ramirez conta com 13 casos positivos e a conserveira realizou hoje testes PCR a todos os seus funcionários, num universo de 220 pessoas.

Os resultados “serão conhecidos em tempo oportuno”, refere a Conserva Ramirez.

Em comunicado, a conserveira afirmou que, além dos 11 funcionários que testaram positivo, três colaboradores foram colocados, a 07 de dezembro, em isolamento profilático, tendo, posteriormente, dois colaboradores testado positivo ao SARS-CoV-2.

Na segunda-feira, em declarações à agência Lusa a propósito da denúncia feita pelo Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (SINTAB), o administrador da conserveira, Manuel Ramirez, afirmou que o surto de covid-19 teve origem num jantar entre alguns funcionários da fábrica, do qual a administração “desconhecia”.

“Terá havido um jantar entre colegas e externos da empresa de uma determinada área que a administração desconhecia”, disse.

Segundo o administrador, o surto foi detetado depois de um funcionário da conserveira ter apresentado sintomas, “situação que foi logo comunicada ao delegado de saúde”, tendo sido no dia 07 de dezembro realizados 31 testes antigénio.

Manuel Ramirez disse ainda que, a 09 de dezembro, todos os funcionários realizaram testes antigénio e não foi detetado “nenhum caso”.

Indicou que hoje seriam feitos novamente “testes PCR por uma questão de precaução”, acrescentado que a fábrica tem cumprido e implementado todas as normas de segurança e higiene.

“Nunca baixámos a guarda”, observou, desmentindo a denúncia feita pelo sindicato.

Em comunicado, SINTAB afirmou na segunda-feira, tendo por base uma denúncia feita por trabalhadores da conserveira, que o número de casos confirmados era “já superior a 30”.

A covid-19 provocou pelo menos 5.311.914 mortes em todo o mundo, entre mais de 269 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.687 pessoas e foram contabilizados 1.200.193 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

Uma nova variante, a Ómicron, classificada como “preocupante” pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 57 países de todos os continentes, incluindo Portugal.

 


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